KONA E O CUIDADO PARA NÃO DESIDRATAR
9 de outubro de 2024
Por Anielle D' Angelo, nutricionista
Está chegando uma das provas, se não for a mais, desejada e desafiadora do cenário mundial do triatlon: o Ironman de Kona, no Havai. Triatletas amadores e profissionais do mundo todo estarão daqui poucas semanas em busca de bater seu melhor tempo ou mesmo um lugar no pódio.
Que a nutrição e suplementação adequadas fazem parte da vida dos atletas de longas distâncias, não temos dúvidas. Afinal, só a base de muita comida para sobreviver a tanta carga (volume x intensidade) de treinamento nos meses que antecedem uma prova como esta. É mais do que sabido que ambos, dieta e suplementação, desempenham um papel crucial no desempenho, resistência e recuperação de atletas, além de evitar lesões, queda de imunidade e oferecer a energia necessária que o atleta precisa para realizar as demais atividades do seu dia a dia.
Mas como garantir que os atletas consigam completar os 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida sob um estresse térmico importante (vento x calor x umidade) característico de Kona? O vento que castiga somado a elevada temperatura e umidade relativa do ar são, possivelmente, os pontos mais desafiadores desta competição. E nessas condições, testar as possíveis estratégias para não desidratar se faz necessário durante a fase de treinamento do atleta.
A depleção (perda) de sais e eletrólitos na circulação pela alta transpiração pode afetar o processo de contração muscular e produção de energia no metabolismo energético, diminuindo a produção de força gerada pelo músculo. Além disso, níveis baixos de desidratação, já afetam, negativamente, a performance do atleta.
Nesse sentido, aumentar a quantidade de água, sódio, cloretos, potássio, cálcio e magnésio é uma condição de sobrevivência em Kona. Para se ter idéia, em dias mais amenos de temperatura e umidade recomenda-se, em esportes de endurance, o consumo de 400mg a 600mg de sódio por hora. Já, em regiões como Kona, a necessidade pode triplicar, chegando até 1,2g de sódio por hora de prova. É quando o atleta precisa recorrer a géis de carboidratos mais concentrados em sódio, isotônicos com boas proporções de sais e eletrólitos e as famosas cápsulas/pó/pastilhas de sal.
Mas será que só repor água, sais e eletrólitos basta para não desidratar? Não. Sabemos que em altas temperaturas o consumo de glicose pelo músculo e para a regulação da temperatura também aumentam, o que leva a maior taxa de utilização de carboidratos por hora de esforço. Sendo assim, manter um consumo médio de 90 a 120g de carboidratos por hora pode ser uma boa estratégia no calor que os atletas passarão em Kona. Mas, como fazer isso? Mesclar tipos de suplementos, com consistências e sabores diferentes é uma boa estratégia. Indico para meus pacientes pó de carboidratos diluídos em água, géis de carboidratos com sabores diversos, frutas, barras energéticas, batata cozida e até mesmo sanduíche com geléia ou azeitonas. Lembrando sempre que tudo deve ser testado e adequado para o que de fato o atleta consegue fazer no dia da sua prova.
Aloha!
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