Escrito por Carol Penteado

O mês de setembro foi marcado pelo Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio e a importância da saúde mental. Porém, é essencial lembrar que o cuidado com a mente não deve ser restrito a um único mês. A saúde mental precisa ser priorizada ao longo de todo o ano.

A prática regular de atividades físicas é amplamente reconhecida por seus benefícios físicos, mas também exerce um papel fundamental na saúde mental. O exercício libera neurotransmissores que promovem bem-estar e felicidade, ajudando a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão. Além disso, o esporte nos ensina a lidar com desafios, desenvolvendo resiliência e melhorando a autoestima. Mas, mesmo com todos esses benefícios, é importante estar atento a sinais de que algo não está bem.

Atletas, assim como qualquer outra pessoa, podem sofrer com alterações na saúde mental. Por mais que o esporte faça bem, é possível que, em meio à rotina de treinos, alguns sinais de alerta apareçam. Mudanças no humor, como irritação constante, cansaço exagerado, dificuldade para dormir ou até a vontade de se isolar dos outros podem ser indícios de que precisamos parar um pouco e olhar com carinho para nossa saúde mental. Essas coisas não são incomuns, mas quando passam a ser frequentes, é hora de prestar atenção.

É natural que a vida esportiva traga momentos de frustração, especialmente em períodos de baixa performance ou após derrotas. No entanto, é importante observar quando esses sentimentos passam de uma fase transitória para algo mais profundo e persistente. O medo constante de falhar, o estresse contínuo e a sensação de sobrecarga são alertas que não devem ser ignorados. Isso se torna ainda mais evidente quando esses sentimentos são alimentados por uma cultura de "no pain, no gain", uma mentalidade que valoriza o sofrimento e o sacrifício acima de tudo. Mas será que precisamos mesmo glorificar a dor? O esforço é importante, claro, mas acreditar que só o sofrimento nos faz progredir pode ser perigoso. Isso pode levar ao esgotamento físico e mental.

Uma maneira saudável de lidar com isso é praticando a autocompaixão. Ser gentil consigo mesmo, reconhecer que falhar faz parte do processo e dar-se o direito de descansar quando necessário são atitudes que ajudam a preservar nossa saúde mental. Muitas vezes, somos nossos piores críticos, sempre exigindo mais e mais, sem perceber que esse excesso de cobrança só nos faz mal. Permitir-se ter limites e aceitar que nem sempre as coisas sairão como planejamos é fundamental para nosso equilíbrio emocional.

E por falar em equilíbrio, não podemos esquecer do descanso. Ele é uma parte essencial do processo de crescimento, tanto no esporte quanto na vida. Nosso corpo e nossa mente precisam de pausas para se recuperar, e ignorar isso pode causar danos a longo prazo. Saber a hora de parar, relaxar e se cuidar é uma forma de garantir que estaremos prontos para os desafios futuros, com mais energia e disposição.

Cuidar da saúde mental é um investimento em nosso bem-estar e qualidade de vida. Não precisamos esperar um sinal de alerta para começar a cuidar dela. Fazer isso de forma contínua nos ajuda a viver melhor, a lidar com os desafios com mais leveza e a aproveitar mais os momentos bons que a vida oferece.

E, lembrando, se você percebe que não está se sentindo bem ou conhece alguém que esteja passando por dificuldades, é muito importante não ignorar esses sinais. Buscar ajuda de um profissional qualificado, como um psicólogo ou psiquiatra, pode fazer toda a diferença. Ninguém precisa enfrentar esses desafios sozinho. Oferecer apoio ou encorajar alguém a procurar ajuda é um gesto de cuidado que pode salvar vidas. A saúde mental é tão importante quanto a física, e cuidar dela é um passo fundamental para viver com mais harmonia, bem-estar e felicidade.

O Projeto Meu Doc é o Gestor da sua Saúde, com inovação no cuidado integral e integrado a partir do esporte como elemento central.
Nossa missão é oferecer uma vida mais longa e saudável, ajustada às necessidades individuais de cada paciente.
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