Especificidade ou autoconhecimento?

Especificidade ou autoconhecimento?

Por Diego Xaulim

Cada vez mais somos surpreendidos com feitos impressionantes e esse final de semana foi um deles! Aconteceu no Campeonato Europeu de Ironman onde Kristian Bluemmenfet foi campeão com quase 5 minutos de diferença para o segundo colocado mas com alguns detalhes importantes:

- Estava em uma preparação longa para os jogos olímpicos, distância curta, o qual disputou há duas semanas. Usa a bike TT pela primeira vez 15 dias antes de um Ironman;

- Fez uma prova incontestável, com as 3 modalidades fortíssimas;

- Realizou a maratona do Ironman com a impressionante marca de 2h32min (3’34”min/km), com um “pit-stop” que custou alguns segundos e também vomitando enquanto corria.

No caso dos profissionais, como o Kristian Blummenfelt, o tempo de preparação e as habilidades adquiridas ao longo de diversas competições fazem uma diferença significativa. A experiência prévia em competições de alto nível, aliada a um treinamento específico que inclui uma ingestão otimizada de carboidratos e uma capacidade excepcional de resistência e tolerância à dor, são fatores que contribuem para desempenho superior nas provas.

A alimentação e a ingesta de carboidratos durante a prova são cruciais e atletas de elite, devido à sua fisiologia e ao seu treinamento intenso, podem ingerir quantidades maiores de carboidratos, o que lhes permite manter a energia e o desempenho de forma eficaz. Em um caso de problemas intestinais e gástricos temos duas variáveis a se analisar: a ingesta excessiva e/ou a falta da ingesta ideal de carboidrato. E qual foi o caso?

Ingeriu de menos? Com certeza ele teria câimbras, dificuldade de manter o ritmo, falta de energia, e o corpo tendo que se virar para gerar energia para que ele terminasse a prova.

Ingeriu demais? No caso do atleta ultrapassar a sua tolerância, do que foi treinado por ele de ingesta por hora, há um desconforto gastrointestinal pois, como o organismo vai perdendo água e sais ao decorrer da prova, faria com que esse carboidrato não fosse absorvido.

Nos casos do “pit-stop” e vômito que Kristian teve durante a maratona, isso pode ser interpretado não apenas como um aspecto de desidratação ou excesso de carboidratos, mas também como parte da gestão do esforço em uma prova que exige muito do corpo e da mente. A adaptação ao estresse das competições é uma habilidade que se desenvolve com a experiência e o treinamento, onde o atleta aprende a reconhecer seus limites e como melhor navegar em condições desafiadoras.

Portanto, para termos uma definição deste caso do Blummenfelt seria ideal termos uma análise clínica pós prova por especialistas da área juntamente com o Atleta. O fato é que o autoconhecimento garantiu uma performance de gala do atleta, porém também nos mostra a necessidade de um treinamento de especificidade para mitigar possíveis riscos de desidratação, excesso de carboidratos ou gestão do esforço em uma prova que exigente. A adaptação ao estresse das competições é uma habilidade que se desenvolve com a experiência e o treinamento, onde o atleta aprende a reconhecer seus limites e como melhor navegar em condições desafiadora


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