Performance Psicológica

Performance Psicológica

Por Luiza de Goeij CRP 08/40459

Psicologia clínica do esporte é uma ciência que observa, analisa e faz intervenções em pontos como motivação, gerenciamento de ansiedade, visualização, concentração, rotina pré prova e muitos outros. 

Esses aspectos orientarão o indivíduo a compreender melhor a si mesmo, identificando o que realmente funciona para ele e como ele opera. Ele poderá entender quais estratégias são mais adequadas durante os treinos e competições, além de refletir sobre os pensamentos, emoções e comportamentos que o ajudam a alcançar seus objetivos e manter seu bem-estar no esporte. O treinamento mental é uma parte essencial de todo o processo de preparação e requer tempo e comprometimento.

Dessa forma, a preparação do atleta deve ser abrangente, levando em consideração todos os aspectos da vida deste indivíduo. Isso inclui a análise de pilares fundamentais, como relacionamentos pessoais, familiares e afetivos, finanças e independência, entre outros.

Ao considerar todos os aspectos da vida de um atleta, é essencial incluir fatores relacionados à rotina esportiva. Esses elementos são fundamentais para a vida deste atleta e sua habilidade de equilibrar as exigências do esporte com suas necessidades pessoais. Nesse contexto, a psicologia trabalha junto a toda a equipe multidisciplinar, visando promover a mediação, a coesão do grupo, uma comunicação clara e orientações apropriadas, para garantir a melhor resolução e evolução, seja em nível coletivo ou individual. O foco recai sobre os aspectos psicológicos, emocionais e comportamentais do atleta antes, durante e após a prática de exercícios.

Atualmente, a ciência está em um processo contínuo de avanço, evidenciando os benefícios que o trabalho proporciona na formação de habilidades psicológicas, essenciais para um desempenho aprimorado, tanto no esporte quanto na vida de uma pessoa. É fundamental estarmos atentos às nossas reflexões, sentimentos e comportamentos. Os estímulos que recebemos diariamente, durante os treinos e nas competições, são percebidos através dos nossos sentidos e esses estímulos rapidamente criam conexões neuronais com as experiências vividas, provocando pensamentos e interpretações que resultam em emoções e reações físicas, influenciando, então, nossos comportamentos. Esse ciclo é automático e ágil, podendo se manifestar tanto em uma perspectiva negativa quanto positiva.

O papel do psicólogo é investigar, analisar e orientar o atleta a respeito de como ele está vivenciando esse ciclo, tanto em aspectos positivos quanto negativos; é importante que ele também esteja ciente do que está funcionando bem.

As duas habilidades mentais fundamentais de atitude e motivação são essenciais para o desenvolvimento de outras competências que o atleta necessita para entrar e se manter no meio esportivo com saúde mental, bem-estar e evolução. Entre essas competências estão, justamente, a atitude e a motivação. O atleta deve estabelecer uma rotina, se organizar e cuidar do que consome, esteja relacionado a mídias, notícias, alimentação, relacionamentos, sons, entre outros aspectos.

Novas posturas e comportamentos surgem quando se busca sair da zona de conforto, enfrentar dores e desafios inesperados. Para esse atleta, essas ações representam o comprometimento com o que realmente importa, proporcionando coragem, resiliência e uma habilidade mental apurada para a tomada de decisões. A motivação está intimamente conectada à atitude; de fato, é necessário que um novo hábito ou comportamento possua um propósito e valor significativo, pois é a energia, a intenção e a direção que direcionam o foco para o objetivo desejado. Ademais, a psicologia do esporte diferencia entre a motivação extrínseca e o que o ambiente oferece, como conquistar medalhas, recompensas em dinheiro, elogios, visibilidade na mídia e reconhecimento familiar. 

É fundamental compreender o que te motiva, mas é importante ter cautela para não reduzir o esporte apenas a essa fonte externa de estímulo. Isso pode levar a frustrações caso o atleta não obtenha a recompensa desejada, o que pode resultar na perda do prazer de praticar esportes. A motivação intrínseca se refere à competição interna que cada um tem consigo mesmo, trazendo satisfação ao evoluir, aprender, explorar, buscar soluções, experimentar e dominar aspectos relacionados à prática esportiva. Reconhecer as motivações externas e internas pode impactar significativamente o comportamento e o desempenho do atleta.

A performance física e mental na vida acontece quando saímos do automático e descrevemos de forma crítica o nosso desempenho, nesse processo, identificamos aspectos a serem aprimorados, alterados ou repetidos. No treinamento físico, isso requer atenção e consciência sobre o nosso comportamento, que orientarão nossas decisões, atitudes e níveis de concentração, competências mentais fundamentais para o progresso. 

A busca pela alta performance é o objetivo primordial de qualquer atleta de elite, por isso é vital investigar como os efeitos psicológicos podem potencializar o desempenho esportivo. Um atleta que não possui um preparo psicológico adequado pode não estar apto a superar situações de estresse, fadiga, pressão, entre outras adversidades, o que o torna, por conseguinte, menos capacitado para enfrentar competições. 

Assim, o treinamento mental visa proporcionar aos atletas a força mental necessária para lidar com as variadas situações que podem surgir, fazendo com que se sintam confiantes, tranquilos, motivados e seguros diante de qualquer desafio. O objetivo da psicologia é oferecer ao atleta um conjunto abrangente de ferramentas que se ajustem ao que lhe faz sentido, garantindo que ele se sinta seguro antes, durante e após a prática de exercício físico.

           

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