Os jogos da igualdade
25 de julho de 2024
Ao fim de cada Olimpíada, se inicia o Próximo Ciclo Olímpico. Tanto para os atletas quanto para todos os profissionais que sonham em viver este momento, se inicia uma nova jornada de muito trabalho, fortalecimento físico e emocional, comprometimento.
O momento “ Pré Olímpico” sempre vem marcado por reflexões. Chega a hora de colher resultados de um árduo trabalho multidisciplinar que aconteceu durante todo ciclo do atleta e também do próprio profissional. Médicos, fisioterapeutas, psicólogos, treinadores, todos que compõem esta jornada, conseguem nas entrelinhas do vínculo saber como está o seu atleta, se ele está pronto em todos os aspectos.
Hoje, na véspera da abertura de Paris 2024, como médica e como mulher que escreve este texto, trago outra reflexão: pela primeira vez na história, será a Olimpíadas das Mulheres, com o número de mulheres sendo equivalente ao de homens - metade dos 10.500 atletas que são protagonistas deste grande evento.
A DISCUSSÃO CULTURAL TAMBÉM TEM UMA VARIÁVEL FISIOLÓGICA
Fisiologicamente, quando se trata de força e potência existe uma grande diferença e influência entre os sexos, pelos hormônios esteroides masculinos. Homens têm mais músculos, mais força, mas a porcentagem de fibra oxidativa é maior no sexo feminino, mulheres tem uma cinética do consumo de oxigênio melhor. Assim vemos em resultados de maratona e ultramaratona, as diferenças são menores.
No próprio triathlon, a diferença entre os sexos na natação é muito menor que na corrida e no ciclismo. Mesmo no endurance, existe uma diferença. Seria a % de gordura feminina melhor que diminuiria o arrasto?! E isso talvez gastaria mais energia para deslocar a massa na corrida, prejudicando a mecânica? Claro, sabendo que existem tantas outras variáveis que influenciam o desempenho e que a respeito da mecânica existe o fator exposição.
EXPOSIÇÃO
Já avançamos muito no quesito importância da exposição à atividade física. Desde crianças a adolescentes, o gênero feminino é menos estimulado no esporte, hora do desenvolvimento melhor da habilidade motora. Quanto mais exposta, mais recursos terá no futuro para seu gesto esportivo, sendo mais “econômica”.
Um fator atrelado a melhora da economia, na corrida por exemplo, é a potência muscular. Então, treinos direcionados nesse aspecto, ajudam mulheres a terem mais força, e portanto, mais economia de corrida. Até mesmo para mecânica.
COMUNIDADE CIENTÍFICA
Os estudos comparando desempenho, fatores na performance e afins, ainda são maiores com homens, numa proporção 4:1. Mesmo aumentando muito com o passar dos anos, existem ainda muitas dificuldades para os pesquisadores, seja pelo número menor na prática esportiva e rotina da mulher no mercado de trabalho.
Paris 2024 se inicia marcando um novo capítulo na história esportiva.
Marianne, o logo que simboliza o país sede, expressa nada mais que liberdade e igualdade. Uma mulher para representar o espírito olímpico e a luta contínua pela igualdade de gênero, dentro e fora do mundo esportivo.
Como já diz o slogan, Manda Brasa!
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