Qual o impacto nos patrocínios com a volta dos PRO?
20 de dezembro de 2024
Por Gabriel Nogueira
Dia 26/11/2024 vai ficar marcado na história do esporte: o anúncio da parceria Ironman Brasil com o Instituto Arjon injetando R$4,5 milhões para premiação da categoria profissional pelos próximos 5 anos e garantindo a presença deles em todas as etapas do circuito da marca.
E isso me levou à refletir: qual o impacto no mercado de patrocínios nos atletas com essa mudança?
Retrato atual
Até 2019 (pré-pandemia) os atletas profissionais estavam presentes em todas as etapas da bandeira Ironman e as premiações atraiam grandes nomes internacionais também.
Já no retorno das provas, 2022, a categoria profissional esteve presente em apenas 1 dos eventos (Ironman Brasil Full) com premiação de U$25.000, com exceção de 2023 onde o IM 70.3 Fortaleza que se tornou Latin American Championship e teve premiação de U$75.000. Ou seja, dos 15 eventos realizados de 2022 a 2024, apenas 4 tiveram atletas profissionais e isso alterou a “força" do esporte para os atletas amadores, que tiveram um aumento considerável de visibilidade nestas provas e, sabiamente, usaram muito bem suas redes sociais, se tornando desejáveis para as marcas que tinham interesse em ter patrocínios no triathlon.
E vale salientar: isso não é uma crítica aos atletas amadores, pelo contrário. Entenderam como funciona o mercado de patrocínio, criaram conteúdos interessantes e recorrentes, trouxeram muitas marcas para o esporte e foram remunerados por isso. Puro suco de meritocracia (risos).
O Reequilíbrio das forças
Com o acordo, a força do mercado foi trazida para o lado dos profissionais novamente. 6 etapas, boas premiações, start lists cheios, mais cobertura de mídia e possíveis nomes internacionais vai trazer mais evidência para a categoria. E não só por uma temporada e sim por 5! O atleta profissional terá um calendário para apresentar para as marcas, para competir e ser divulgado. Uma oportunidade que não bate na porta sempre.
E como as marcas vão se comportar? Se a exposição dos profissionais estará maior e mais recorrente, é natural que o mercado se ajuste, dedicando uma parte maior de seus orçamentos para estes atletas. Acredito que 2025 ainda seja um ano de aprendizado para marcas e atletas profissionais mas já poderemos sentir impacto pontuais. Mas de 2026 para frente, acredito em uma mudança mais significativa de alocação de recursos de patrocínio.
Mas as marcas não procuram apenas performance em provas. O ano tem 365 dias, não adianta o atleta aparecer apenas no dia dos eventos e foi exatamente neste ponto que os atletas amadores cresceram e mostraram mais profissionalismo para as marcas.
Já o atleta profissional tem que mostrar que é capaz de usar bem suas redes e dar seu show no dia da prova. Afinal, poucos seres humanos são capazes de nadar, pedalar e correr como esses atletas, um diferencial difícil de ser replicado pelos seres humanos “normais”. Então o combo visibilidade em provas, performance e uso de redes sociais pode permitir que mais atletas sejam remunerados, que a categoria atraia novos talentos e nosso esporte fique cada vez melhor.
Vida longa ao tri!
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