Retrospectiva 2022 | Parte 3

Retrospectiva 2022 | Parte 3
Última parte da nossa retrospectiva, vamos relembrar o que rolou entre setembro e dezembro no triathlon no ano passado. Falaremos sobre muita coisa, principalmente sobre a volta do mundial a Kona.
Logo no dia 4 de setembro o brasileiro Manoel Messias venceu a etapa de Valencia da World Triathlon Cup, batendo o espanhol Mario Mola que fechou em 2º. No mesmo fim de semana, tivemos o retorno do Super League, que surpreendeu ao não coroar nenhum dos britânicos favoritos em Londres. Hayden Wilde e Cassendre Beaugrand foram os campeões na ocasião.
Uma semana depois, Pamella Oliveira foi destaque no 70.3 Santa Cruz. Ela foi bronze na ocasião, dividindo o pódio com a campeã Sarah Crowley e com a vice Mirinda Carfrae. Um outro bom resultado para o Brasil no mesmo fim de semana foi de novo com Messias, dessa vez na etapa de Karlovy Vary, mais uma vez no circuito da World Triathlon Cup. Ele foi o sexto colocado na prova.
Na sequência, o brasileiro de longa distância coroou Danilo Pimentel e Bia Neres como campeões, em prova que aconteceu em Porto Seguro. E no mesmo fim de semana o US Open viu Collin Chartier e Ashleigh Gentle cruzarem a linha de chegada antes de todos os demais. E Hayden Wilde ganhou mais uma no Super League, dessa vez em Malibu.
Fugindo um pouco do triathlon mas ainda falando sobre endurance, o maior maratonista da história aprontou mais uma em setembro. Na maratona de Berlim ele quebrou seu próprio recorde mundial, subindo o sarrafo para 2h01:09.
Um pouco depois, no começo de outubro, o Brasil fez bonito em dose dupla no masculino e em dose tripla no feminino durante o Sul-americano de triathlon. Hidalgo ganhou, com Messias ficou em segundo. No feminino, Luisa foi a primeira a cruzar a linha de chegada, Vittoria foi a segunda e Djenyfer ficou em terceiro. Para fechar com chave de ouro a participação brasileira, o quarteto formado pelos dois melhores colocados de cada gênero nas competições individuais garantiu também o ouro no revezamento misto. No mesmo fim de semana, deu Hayden Wilde de novo no Super League, para variar.
Outubro chegou, e com ele também a prova mais aguardada do ano: Kona. Quase todo triatleta conhece a máxima: 'Kona é Kona'. E não deu outra. Em uma prova de tirar o fôlego, vimos a história sendo escrita. Pela primeira vez, a prova separou um dia inteiro só para o field profissional feminino e outro dia só para o field profissional masculino.
Começando com as mulheres, a estadunidense Chelsea Sodaro trouxe de novo os EUA para o lugar mais alto do pódio na Big Island depois de 26 anos. Com o tempo de 8h33:46 em um dia típico de Kona, ela se tornou a segunda mãe a vencer o mundial. Lucy Charles-Barclay foi de novo vice, em uma prova bem redonda. É a 4ª vez que a britânica fica com a prata nessa prova. Completando o pódio, a alemã Anne Haug, que pulou de 7º para 3º na etapa da maratona, que é sua grande especialidade. Pamella Oliveira estava fazendo uma bela prova, mas não completou e foi direto para o posto médico.
Entre os homens, um dia de recorde. Ou melhor, de recordes. Isso porque os 3 primeiros colocados completaram a prova com tempo abaixo do antigo recorde de Frodeno na ilha. O primeiro foi Gustav Iden, que fechou em incríveis 7h40:24, correndo a maratona para 2h36. Aliás, esse foi outro recorde que caía naquele dia: a maratona mais rápida da história em provas de IRONMAN. Em segundo, o francês Sam Laidlow, que liderou a prova até cerca do quilômetro 30 da corrida e estabeleceu um novo recorde do ciclismo de Kona, pedalando os 180km para 4h04. Completando o pódio, o também norueguês Kristian Blummenfelt, que sem sombra de dúvidas deu o melhor de si no dia. Logo que cruzou a linha, ele desabou e foi atendido pelos médicos.
Outro recorde que caiu no dia foi o de melhor tempo de um brasileiro em Kona. Igor Amorelli, que chegou em 27º, fechou a prova em 8h23. Logo após, André Lopes veio em 28º.
Pouco depois, o mundial de 70.3 fez com que St. George voltasse ao palco. Taylor Knibb venceu a prova no feminino, que manteve a ideia de um dia separado para cada gênero. Em segundo, a canadense Paula Findlay e em terceiro a britânica Emma Pallant. No masculino, Kristian Blummenfelt venceu mais uma, desbancando Ben Kanute. Magnus Ditlev fechou o pódio do dia. Com essa vitória, o Blummenfelt agora é campeão olímpico, campeão da World Triathlon, campeão mundial de IRONMAN e campeão mundial de 70.3.
No mesmo fim de semana, mais uma dobradinha do Brasil, dessa vez no Pan-americano no Uruguai. Luisa Baptista venceu a prova, com Vittoria Lopes em segundo. Manoel Messias ficou em sexto lugar na ocasião.
No WTCS de Bermudas, Flora Duffy ganhou em casa e Vincent Luis retornou ao lugar mais alto do pódio. Na mesma prova, Luisa Baptista fez um provaço, terminando na 6ª colocação.
Um pouco depois, Fernando Toldi alcançava seu terceiro sub8 em provas de IRONMAN, seguindo invicto nessa marca na distância. Ele cravou 7h54 no IRON Cozumel, beliscando de novo a vaga para Kona e fechando com um bronze, em prova vencida pelo dinamarquês Magnus Ditlev.
O ano ainda teve mais um recorde: o melhor tempo de maratona em provas de IRONMAN se reduziu mais ainda e chegou na casa de 2h30. Patrick Lange cravou 2h30:32 na maratona durante o IRONMAN Israel.
Em dezembro, o Challenge Brasil fechou a temporada brasileira, com André Lopes e Pamella Oliveira como os grandes campeões. No mesmo fim de semana, Miguel Hidalgo e Djenyfer Arnold voltaram ao lugar mais alto do pódio no Brasileiro Standard.