Mulheres do Tri: Quem te inspira?

Mulheres do Tri: Quem te inspira?
Nesta parceria Mulheres do Tri – Mundo Tri, já falamos sobre a importância da sororidade entre as atletas e de como a ajuda, o incentivo e o apoio de parceiros e parceiras no dia a dia fazem a prática do triathlon ficar mais leve, motivante e feliz!
Neste novo artigo, vamos falar sobre um assunto mencionado no podcast que fizemos com a participação de Bruna Mahn, Marina Jacob e Dra. Tathiana Parmigiano: quem te inspira?
Em meio a milhares de posts e informações que vemos todos os dias nas mídias sociais, às vezes fica difícil identificar quem realmente está se esforçando, se dedicando, treinando e evoluindo e quem está apenas mantendo as aparências com segundas intenções, seja para alimentar o ego, aumentar o número de seguidores ou única e exclusivamente com fins financeiros. Para além disso, os compartilhamentos também podem ter repercussão em nossa saúde mental, gerando comparações, cobranças excessivas, ansiedade, etc. 
Por isso, perguntamos às mulheres do tri em nosso grupo de whatsapp como elas encaram o mundo real x o mundo virtual e em quem elas se inspiram! As respostas foram maravilhosas! Vem conferir:
“Acho que hoje as redes sociais as vezes nos afetam negativamente. Acho cruel ver postagem de atletas/influencers mostrando fazer massagem 50 vezes no mês, ter os melhores tratamentos, alimentação, equipamentos, tempo como se fosse a realidade de todas nós, e definitivamente não é, admiro mulheres normais como eu, que se esforçam em treinar, competir, e ainda mais um milhão de papéis. Ah, e desde sempre, desde que conheci o mundo do triatlon eu me inspiro e admiro demais minha colega de empresa ironwoman casa grossa, bruta e super atleta Denise Fernandes” (Joice Gomes – Curitiba, PR)
“Vejo uma diferença entre o mundo virtual e o mundo real e algumas atletas até mostram isso em seus posts. Não sinto repercussão porque não costumo seguir. Eu me inspiro em algumas atletas aqui do grupo (Tere e Liu Gavina) e uma pessoa que conheço a história (Danusa Silva - triatleta de Aracaju), além da Luciana Haddad e Héllen Fante (atleta capixaba)” (Rosa Nóbrega, Vitória -  ES)
“Concordo que precisamos tomar cuidado com esse mundo virtual, pois muitas vezes leva a uma grande frustração. Venho da corrida, que ao meu ver é um esporte muito democrático, você só precisa de um tênis e amor pelo que faz.  Estou amando começar no triathlon, aos 58 anos . Minha inspiração vêm daqui, de vocês meninas. Toda vez que abro o grupo e vejo uma foto de treino ou de competição, toda vez que leio um depoimento. Me sinto encorajada a continuar…” (Fátima Cafaro – Fernandópolis, SP)
“O mundo real é muito melhor. O virtual pode ser verdade, mas aquelas que estão diariamente lutando, sonhando e seguindo os objetivos são os melhores exemplos.. No grupo MDT somos inspirações diárias. E fico feliz porque posso incentivar, assim como fui incentivada a iniciar no triathlon e seguir até hoje, mesmo com a rotina e com as dificuldades da vida.” (Teresa Oliveira, Brasília-DF)
“Acho que existe sim diferença entre o mundo virtual e o mundo real, principalmente em se tratando do nosso esporte. Tem a questão da vida que levam e da vida que querem que nós vemos. Muitas coisas não são reais e isso as vezes não me motiva, ao contrário, me frusta. Pois sei que algumas situações jamais terei parecido.  No meu início do tri, tive uma triatleta que me inspirava, daí passado um tempo, descobri em uma prova que ela não era limpa. Fiquei arrasada e desde então, admiro muitas mulheres do tri, mas não mais me inspiram. Vejo aqui no grupo muitas com histórias de superação, fortes, batalhadoras.... Admiro, mas procuro me inspirar na minha história, minha trajetória, evolução. Uma vez li uma frase que me identifiquei de imediato e procuro seguir: SEJA SUA PRÓPRIA INSPIRAÇÃO!” (Adeli Gavina, Vitória – ES)
“Com o tempo fui conhecendo as pessoas e tenho minhas inspirações reais. E a mídia social aprendi a selecionar. As profissionais acho essencial nós darmos suporte, pois sem ídolos o esporte não vive!!! E as amadoras, muitas tive o prazer de conhecer a realidade e admirar e outras vi que é tudo a todo custo. Então hoje eu seleciono muito o que e quem eu vejo. Uma época ficava revoltada porque trabalho 8, 9h/dia e abria meu instagram e fulana estava com a vida perfeita. Então escolho o que me faz bem e o que me representa. E, pessoalmente, tento pensar muito no impacto que eu causo quando posto algo. Acho que no fundo é isso. A gente tem o poder de selecionar o que nos inspira e de não dar ibope para quem age de modo que não concordamos.  Tenho inúmeras pessoas que convivo e me inspiram desde que comecei: Lu Haddad, Claudinha Dummont, Carol Furriela, Mari Pênalti. Gente como a gente.... mas tem também várias que não estão na performance ou nas mídias que me inspiram muito mais, como a minha colega de natação que fez o primeiro sprint esse final de semana e quase morri de orgulho.” (Marina Jacob – São Paulo, SP)
“Mulheres que me inspiram sou eu mesma!  Eu me inspiro e luto contra meus medos e dificuldades todos os dias!  Mas me inspiro em amigas (inclusive tem duas delas aqui no grupo), que me ajudam diariamente a lutar para que tenhamos o esporte como propósito para a vida. O triathlon pra mim é uma paixão que tenho desde 2008 entre muitas idas e vindas e as vezes enxergo esse esporte depois do instagram como uma vaidade e luxúria para alguns. Então…o que me inspira realmente é a minha força de ainda tentar treinar e participar de algumas competições, da minha vida real mesmo e as pessoas que convivem ao meu redor realmente são o “gente como a gente” (…) Eu mesma sou minha inspiração diariamente!” (Cris Muniz – São Paulo, SP)
“Quem me inspira real, da vida real e minha amiga Daniele Slivinski. Ela que me trouxe para o tri, é uma pessoa de uma força incrível, ao mesmo tempo, delicadeza, gentileza. Trabalha duro, estuda, e raríssimas vezes falta treino. Todas as provas que ela se propôs até hoje já completou, acho que passou de 12 maratonas, conseguiu seu sonhado índice para Boston. Ela corre uma maratona, chega em casa, faz almoço e arruma uma “Mesa Posta”, corre rápido e lindamente, nada forte, pedala com garra, costura e tem tempo e colo para muitas amigas. Quando penso que estou cansada, em desistir, quando o relógio toca às 06h e digo “hoje não vou”, lembro que o dela tocou às 5h e ela já está indo para o segundo treino. Essa é minha inspiração especial, mas todas vocês que estão aqui, todos os depoimentos me tocam de forma única, nos resgatam das dúvidas e nos lembram que juntas somos mais forte. Por fim, a Ana amada Ana Bonetti, outra inspiração, que une tudo isso aqui, que me fez acreditar que eu conseguiria fazer meu tri fiz, que apesar de não termos criado grandes laços na faculdade, nos encontramos aqui e com certeza é muito melhor. Beijo em todas!!!” (Tatiana Noventa, Curitiba – PR).
Conclusão: O mundo virtual pode ser bonito, mas é o mundo real que nos inspira! Quem nos inspira é gente como a gente que tem seus obstáculos, suas batalhas, suas quedas, suas superações! Mulheres que estão ao nosso lado no dia a dia, que compartilham suas dúvidas, seus medos e suas vitórias! E, como várias citaram, que nos inspiremos mais em nós mesmas! Que a gente se permita influenciar pela nossa própria história, pela nossa própria dedicação, pelas nossas próprias lutas diárias! Você concorda? Conta para a gente!